No dia 7 de março de 1855, a Câmara do Bonito cientificou o Presidente da Província de uma questão suscitada pelo vigário do Altinho. Este não se conformando com a extensão da sua freguesia, afirmara que a divisão entre esta e a de Bonito estava incorreta. Na carta enviada ao Presidente da Província, José Bento da Cunha Figueiredo, a Câmara do Bonito expressava que a Freguesia de Altinho era "uma das maiores da Província e contém quatro capelas filiais, com seus respectivos administradores, além da Matriz, e está preparando um abaixo-assinado com pessoas de sua freguesia para que a Assembléia Provincial desmarque desta Freguesia uma boa extensão habitada que se denomina de Lagoa dos Gatos, próxima à povoação de Capoeiras (atual Belém de Maria) e distante desta Vila oito léguas, só porque aquele lugar já vai dando indícios de uma capela filial desta freguesia, que apenas conta por filial a capela de Capoeiras.
Frisava a Câmara do Bonito que aquele vigário estava equivocado, pois entendia ele que a linha demarcada entre ambas as freguesias passava pelo meio de uma lagoa, em terras do antigo distrito de Lagoa dos Gatos. A Câmara do Bonito contestava tal possibilidade afirmando que a hipótese do vigário de Altinho era incorreta e sem fundamento algum senão "o grande interesse que sempre teve aquele vigário de alongar a sua freguesia".
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