O caso dos PM's que agrediram um adolescente de 12 anos em Bonito vem tendo uma repercussão muito grande da mídia, em quase todas as emissoras e jornais do Estado foram colocados matérias sobre o incidente. Na manhã desta terça-feira, o ex-Deputado Federal Raul Jungmann colou um texto na sua página do Facebook relatando o caso. Acompanhem abaixo o texto.
A INICIAÇÃO DE RODRIGO, 12 ANOS
Foram três tapas secos no peito. Os olhos de Rodrigo marejaram.
Eram dois policiais PM´s, oito e meia da noite de domingo, praça de São Sebastião, Bonito, Pernambuco.
Após a abordagem, “tira o capacete, mãos nas costas, abra as pernas”,um deles batera na moto com o cassetete. Rodrigo reagiu, com seu jeito de menino, que desse jeito quebrava a sua moto, orgulho que fora presente do pai.
Em resposta, ouviu do PM que batia onde quisesse, seguido dos três tapas. Na praça, pessoas pararam prá ver aquele garoto franzino e assustado ser coagido e apanhar, sem causa aparente, dos dois policias.
Insistiam que ele era do bairro de Arlindo Cavalcanti, bairro pobre da cidade, o que Rodrigo negava.
Por simplesmente negar-se a responder afirmativamente as perguntas aos gritos, foi levado a uma viatura policial e conduzido até a delegacia, que estava, como quase sempre, fechada.
Ali, dentro do carro, Rodrigo foi pressionado para confirmar a suspeita que vinha de um bairro pobre da periferia, onde moravam pobres, que por sê-lo, certamente meliantes.
Descoberta sua origem familiar de classe média, Rodrigo foi obrigado a dizer e repetir que não diria nada em casa, “senão estou perdido”, repetia um dos PM´s, com o assentimento do outro.
Olho para Rodrigo, cabelos aloirados, desengonçado, corpo comprido em cara de menino. Ele olha para o chão, enquanto seu pai chora e tenta se controlar sem sucesso e a mãe segue tudo aflita, torcendo as mãos.
Foram a Secretaria de defesa Social e ouviram do secretário que “isso acontece”, e que o pai perdera a cabeça ao se alterar com os policiais, depois do fato ocorrido
.
Raul Jungmann
PS – O nome do garoto é falso, por motivos óbvios. Hoje a tarde relataremos o caso ao presidente da comissão de direitos humanos da Assembleia Legislativa, deputado Betinho Gomes, ao Ministério
Foram três tapas secos no peito. Os olhos de Rodrigo marejaram.
Eram dois policiais PM´s, oito e meia da noite de domingo, praça de São Sebastião, Bonito, Pernambuco.
Após a abordagem, “tira o capacete, mãos nas costas, abra as pernas”,um deles batera na moto com o cassetete. Rodrigo reagiu, com seu jeito de menino, que desse jeito quebrava a sua moto, orgulho que fora presente do pai.
Em resposta, ouviu do PM que batia onde quisesse, seguido dos três tapas. Na praça, pessoas pararam prá ver aquele garoto franzino e assustado ser coagido e apanhar, sem causa aparente, dos dois policias.
Insistiam que ele era do bairro de Arlindo Cavalcanti, bairro pobre da cidade, o que Rodrigo negava.
Por simplesmente negar-se a responder afirmativamente as perguntas aos gritos, foi levado a uma viatura policial e conduzido até a delegacia, que estava, como quase sempre, fechada.
Ali, dentro do carro, Rodrigo foi pressionado para confirmar a suspeita que vinha de um bairro pobre da periferia, onde moravam pobres, que por sê-lo, certamente meliantes.
Descoberta sua origem familiar de classe média, Rodrigo foi obrigado a dizer e repetir que não diria nada em casa, “senão estou perdido”, repetia um dos PM´s, com o assentimento do outro.
Olho para Rodrigo, cabelos aloirados, desengonçado, corpo comprido em cara de menino. Ele olha para o chão, enquanto seu pai chora e tenta se controlar sem sucesso e a mãe segue tudo aflita, torcendo as mãos.
Foram a Secretaria de defesa Social e ouviram do secretário que “isso acontece”, e que o pai perdera a cabeça ao se alterar com os policiais, depois do fato ocorrido
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Raul Jungmann
PS – O nome do garoto é falso, por motivos óbvios. Hoje a tarde relataremos o caso ao presidente da comissão de direitos humanos da Assembleia Legislativa, deputado Betinho Gomes, ao Ministério
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