Crimes contra a Fauna e Flora
e soluções para recuperar áreas devastadas da cidade de Bonito, esse assuntos foram discutidos ontem em uma audiência pública realizada as 19h, na sede da Associação Atlética Banco do Brasil
(AABB). O evento contou com a presença de representantes do
governo, prefeitura, sociedade civil e ONGs. Segundo a Associação de Turismo de Bonito
(Asturb), que convocou a audiência, o objetivo é cobrar de cada setor
medidas preventivas e educativas no combate aos crimes contra o Meio Ambiente.
De setembro de 2012 a março deste ano, 60 focos de incêndios criminosos
ocorreram na cidade, devastando mais de dois mil hectares de vegetação
nativa e reservas florestais, de acordo com a Asturb.
Os incidentes
causaram revolta na sociedade, que cansou de esperar pelas investigações
e punições do poder público. “Muitas pessoas daqui começam com a
intenção de queimar um pedaço de roça e acabam devastando grandes
regiões. Os órgãos responsáveis pela fiscalização agem pouco e quem fica
no prejuízo é a população”, disse o presidente da Asturb, Pedro Farias.
Segundo Farias, o turismo e o setor mobiliário são os que mais sofrem
com o omissão da prefeitura. “Os visitantes chegam aqui esperando ter
mais contato com a natureza e deparam com uma área de mata queimada”,
diz.
Entre as soluções sugeridas pela associação e por ativistas, estão a
criação de uma brigada de incêndio, sementeiras, roteiros turísticos
rurais e cadastros de proprietários de terrenos interessados em fazer
parcerias imobiliárias.
O
radialista e diretor da ONG Sabiá da Mata, Amaro Freire, acredita que
educar a sociedade é a melhor solução. “Temos a nossa Biodiversidade
prejudicada pelas ações do homem e ninguém é punido por isso. Se todos
os moradores souberem o quanto é importante recuperar a nossa reserva,
não haverá mais Queimadas”, acredita.
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