No romance “A Pedra do Reino”, Ariano Suassuna cita de passagem uma personagem da história que atende pelo nome de Pautila, nome de minha mãe. Por se tratar de um nome incomum, raro, e por ser o nome de minha mãe, tive o interesse de saber onde fora ele encontrar esse nome. E tive a oportunidade de lhe perguntar, faz isso muito tempo, em um seminário promovido pela Secretaria de Saúde do Estado no Tavares Correia, em Garanhuns. Ele acabara de fazer a palestra inaugural e repetira o que confessou ser um hábito seu, o de pedir desculpas se alguém da plateia já tivesse ouvido dele algumas daquelas histórias contadas ali. E ele estava apenas começando como palestrante, estávamos nos anos 60... Considerava ele e assim os chamava de “repetentes”, esses que estavam ouvindo suas histórias uma segunda vez, para quem as histórias não constituíam nenhuma novidade. Eu não estava incluído entre os tais... Mas terminei, com o correr dos tempos, me tornando um deles, um repetente, tantas foram as vezes que tive o prazer de ouvir, ao vivo, quando não pela TV, o mestre Ariano e suas histórias.
Mas, afinal, onde ele foi encontrar Pautila? Disse-me que não era uma invenção sua. Que a Pautila do livro existiu mesmo, era a dona de um pequeno hotel de beira de estrada entre São José do Belmonte e Serra Talhada, na região onde se passa a história. E era exatamente como tal que estava nas páginas do livro. Falou também de outro personagem, esse com participação bem mais ativa no enredo, posto que era o fotógrafo que circulava em meio às aventuras do reino de Dom Pedro Diniz Quaderma, personagem central da história. O nome desse outro personagem, também conhecido da gente de Bonito: Euclides Villar, decerto parente do escritor pelo lado materno, paraibano de Taperoá, residente quando rapaz por algum tempo em Bonito. Tido nos dias atuais certamente como um promotor cultural, o jovem Euclides Vilar foi um pouco de tudo na cidade, um dos destaques da sociedade bonitense do seu tempo. Jornalista, fez circular um almanaque em Bonito no início dos anos 20. Era também charadista nas horas vagas e participou como ator, de dramas teatrais encenados por ele próprio. Mas era, sobretudo, fotógrafo, como aparece na Pedra do Reino. Um dos pioneiros na cidade. A ele se deve a maioria das fotos daqueles tempos, essas mesmas que têm circulado na internet recordando o passado da nossa cidade, o Bonito dos anos 20 e 30 de século passado. Em uma delas, ilustrando esta postagem (uma panorâmica do carnaval daqueles tempos), o registro da assinatura do fotógrafo na parte inferior da foto.
Mas, afinal, onde ele foi encontrar Pautila? Disse-me que não era uma invenção sua. Que a Pautila do livro existiu mesmo, era a dona de um pequeno hotel de beira de estrada entre São José do Belmonte e Serra Talhada, na região onde se passa a história. E era exatamente como tal que estava nas páginas do livro. Falou também de outro personagem, esse com participação bem mais ativa no enredo, posto que era o fotógrafo que circulava em meio às aventuras do reino de Dom Pedro Diniz Quaderma, personagem central da história. O nome desse outro personagem, também conhecido da gente de Bonito: Euclides Villar, decerto parente do escritor pelo lado materno, paraibano de Taperoá, residente quando rapaz por algum tempo em Bonito. Tido nos dias atuais certamente como um promotor cultural, o jovem Euclides Vilar foi um pouco de tudo na cidade, um dos destaques da sociedade bonitense do seu tempo. Jornalista, fez circular um almanaque em Bonito no início dos anos 20. Era também charadista nas horas vagas e participou como ator, de dramas teatrais encenados por ele próprio. Mas era, sobretudo, fotógrafo, como aparece na Pedra do Reino. Um dos pioneiros na cidade. A ele se deve a maioria das fotos daqueles tempos, essas mesmas que têm circulado na internet recordando o passado da nossa cidade, o Bonito dos anos 20 e 30 de século passado. Em uma delas, ilustrando esta postagem (uma panorâmica do carnaval daqueles tempos), o registro da assinatura do fotógrafo na parte inferior da foto.
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