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De mais a mais, a terceirização irrestrita é um desserviço ao trabalhador e a anos de conquistas trabalhistas, uma vez que tem por fim camuflar a responsabilidade do empregador que irá estar em contato direto com o trabalhador, será uma responsabilidade subsidiária, ou seja, supletiva, não direta.
Com opinião diametralmente oposta, argumentam os defensores da terceirização das atividades fins, na maioria parlamentares sem maiores aprofundamentos, só influenciados por algum lobby meio suspeito, que essa mudança irá possibilitar um aumento de postos de trabalhos e menor informalidade. Talvez realmente isso ocorra e um ganho econômico a curtíssimo prazo ocorra, entretanto, a médio e a longo prazo, perderemos em capital humano, em promoção de igualdade e em mais distribuição de renda, uma vez que as pessoas tenderão a trabalhar mais, porém com menos qualidade de vida, já que estarão sujeitas a desmandos dos grandes empregadores , o que geraria uma quebra do equilíbrio na relação empregatícia.
Ao cabo, entendo que se deixarmos a legislação trabalhista muito flexibilizada, iremos sim "crescer o bolo", entretanto ao risco de nunca o repartimos e ainda correríamos o risco de virar uma China de violações de Direitos em pleno ocidente, bem abaixo do Equador.
Murilo Gonçalves é Policial Militar e Estudante de Direito
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