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Reprodução: Facebook/Lucídio José Oliveira |
O Milionários é um dos mais populares clubes da Colômbia. Na segunda metade dos anos 40, viveu na contramão a experiência de uma liga pirata. Foi quando teve em suas fileiras os maiores astros argentinos da época, quase todos eles do River Plate, Di Stéfano, Adolfo Perdenera, Carrizo, Néstor Rossi. Por lá jogou também nos anos 60, o campeão mundial Mengálvio, e tempos depois de suas fileiras saíram para o mundo estrelas como o folclórico goleiro René Higuita e o badalado Falcão García.
Aqui em Recife já existiu também um Milionários. Não teve vida longa, se é que foi além de uma notícia de jornal. Vasculhando a internet, encontrei reportagem anunciando a existência desse nosso Milionários. Havia inclusive o sonho de disputar jogos promovidos pela Federação, é o que diz a notícia. Teve vida breve ou mesmo não existência. Ficou só na conversa e no desejo. A identificação dos jogadores na foto ajuda a entender do que na realidade se trata.
Um bando de ex-jogadores, auto-intitulados Sindicato dos Desempregados, que não tinham como se livrar da bola. Nela, tem o veteraníssimo quarentão Tará, no comando do ataque (na foto, no centro entre os agachados); à sua esquerda, a ainda jovem mas já aposentada ala que brilhou no Náutico, Alcidésio e Zeca. Na fila de trás, em pé, o goleiro Cazuza, que foi do Sport e foi do Náutico. Ladeando o goleiro, à direita, o zagueiro Palito, ex-Santa Cruz, e à esquerda o médio Fausto, ex-Náutico e ex-Estudantes. Ainda é possível identificar os ex-campeões alvirrubros Gilberto, em pé no final da fila, e Hélio Mota na linha de ataque, na ponta-direita. Resta identificar o meia-direita do time e, na fila de trás, dois defensores.
A “sede” do Milionários recifense era, ainda segundo a notícia, o Chapéu de Sol do Bar Botijinha. O cliente entrava no bar pela Guararapes e saía na rua Matias de Albuquerque, centro da cidade. O Chapéu de Sol era o quartel-general da boemia sadia dos anos 50. Quem viveu no Recife naquele tempo entende melhor do que estou falando e o que está sendo recordado. A notícia está no Diário de Pernambuco na edição do sábado 9 de maio de 1959.
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