Este momento tão peculiar, propício para pensarmos o sentido da vida, uma vez que tantos planos foram protelados, prorrogados, tantas coisas ficaram para depois. Fomos e somos convidados a aprender ou reaprender a esperar. Perceber que não temos o controle da vida, embora, nossas agendas nos façam acreditar no contrário. A partir do vivido ao longo do ano corrente, impossível não pensar a pergunta: Para que tanta pressa? Qual o sentido da correria diária? Ao executar nossas atividades diárias caminhamos rumo às realizações dos nossos anseios, mas não encontramos perdidos, porque não conseguimos significar a nossa vida e tudo o que somos.
Assim, a pandemia pode ser vista como uma oportunidade para nos ajudar a conferir um novo sentido a tudo o que somos e fazemos. Acredito que é possível encontrar uma nova dimensão em cada dia que passa, em cada gesto, palavra olhar. Tudo é possível, caríssimos! Precisamos, aprender a amorizar. Amorizar é colocar ternura e acolhida nas coisas mais simples do dia-a-dia. Entrar em comunhão com as nossas potencialidades, dificuldades, e, integrando-as na totalidade do nosso ser, para vivermos em perfeita harmonia conosco, com os outros, com Deus e o Universo.
Se agirmos assim, vamos caminhar impregnando de amor tudo o que nos rodeia e levaremos a uma progressiva unidade no amor, todos os homens e mulheres que caminham conosco e colocaremos o sentido do Eterno: da comunhão do Deus que nos ama, até no mais perecível da vida. Este Natal, norteado, entre outras coisas, pela distância física das pessoas, se torna ainda mais propício para a reflexão sobre uma nova dimensão em cada dia de nossas vidas: aprender ou reaprender a amorizar.
Amar é tão importante como viver! Em muitas ocasiões pensamos viver, menos amar. “Que sentido teria minha vida sem amor? Que perspectivas de realização poderia eu alimentar e dinamizar, se EU MESMA (O) não me amasse, não partilhasse meu amor com os outros e não sentisse a alegria de ser amado?”
Amorizar a vida é criar a possibilidade de uma sociedade acolhedora, de gente que é capaz de viver comunhão com o outro nesse mundo materialista e necessitado de gente capaz de acolher-se para acolher. Essa é uma forma de assumir-se, amar-se, acolher-se, integrar-se, perdoar-se...Tudo isso é sugestão para o aprendizado da arte de gostar de si e entrar em comunhão com o “espírito natalino”, expressão máxima do maior ato do amor de Deus para com a humanidade, o envio do seu Filho Jesus ao mundo para nos ensinar sobre o amor uns aos outros, assim como Ele nos tem amado...A pandemia vai passar e deixará seu legado! Caminhemos sem medo, mas, nos cuidando e cuidando dos outros. É possível, apesar das intempéries vividas, vivenciar com alegria a grande festa do Amor: o Natal. FELIZ NATAL PARA TODOS E TODAS!
Profª. Ms. Maria José Barboza
Secretaria Estadual de Educação e Esportes de Pernambuco
Integrante da Academia de Letras, Arte e Ciência de Camocim de São Félix - ALACC
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