Por Wagner Wilker
Com informações do IG

Ayrton Senna da Silva, o Beco, como era chamado pela família, nasceu no dia 21 de março de 1960, em São Paulo. Desde a infância, os carros foram seu ‘vício’ — um dos primeiros presentes foi um jipe de pedal. Na adolescência, Senna fez com que este hobby chegasse a um estágio quase insuportável e seu pai, Milton, lhe deu o primeiro kart. A partir daí, o piloto mostrou que não tinha mais ‘cura’ e a ascensão até a Fórmula 1 foi tão rápida quanto a velocidade que ele empregava nas pistas.
Após brilhar no kart, Senna foi para a Europa,
onde ‘pulverizou’ as categorias de base. Em três anos na Fórmula 1600,
F-2000 e F-3, conquistou títulos e arrebatou recordes e adjetivos, como o
batizado da pista de Silverstone para ‘Silvastone’ — trocadilho com o
sobrenome do piloto — pelas vitórias ali conquistadas. De 1981, ano de
sua primeira vitória na F-1600, até os triunfos nas nove primeiras
provas da F-3, em 1983, Senna chamou a atenção de Frank Williams, dono
da equipe de F-1.
Em 19 de julho de 1983, em Donington, na Inglaterra, Ayrton Senna, a
convite de Frank, testou um carro de F-1 — naquele que seria o primeiro e
também o último de sua carreira, um Williams. Mas sua estreia oficial
na principal categoria do automobilismo só foi em 1984, pela Toleman.
Mesmo com uma ‘carroça’, Senna assombrou o mundo, com direito a um
segundo lugar em Monaco, sob chuva. Só não foi primeiro porque a prova
foi paralisada pelo diretor (francês), evitando que tirasse a vitória de
Alain Prost.
Já na Lotus, Senna subiria pela primeira vez ao lugar mais alto do
pódio, em 1985, no GP de Estoril, em Portugal, também debaixo de chuva.
Dali em diante, o mundo se curvou a um dos maiores talentos que a F-1
conheceu. Senna correu pela equipe até 1987 e ganhou mais cinco GPs.
Conquistou, ainda, o coração de cada compatriota, devido ao orgulhoso de
ser brasileiro — dividia suas vitórias e era um pingo de alegria em um
país cheio de problemas sociais, econômicos e políticos.
A relação de amor com os fãs começou em 1986, na volta da vitória no GP de Detroit. Um dia antes, a Seleção havia sido eliminada pela França na Copa do Mundo do México e Senna ergueu a bandeira brasileira como resposta às brincadeiras dos mecânicos franceses da Lotus — o gesto diminuiu a dor no país e ficou eternizado.Seus feitos também conquistaram Ron Dennis, chefe da McLaren, que o levou para a equipe, em 1988.
Foram seis anos de sonho na nova escuderia,
onde Senna sagrou-se tricampeão (1988, 1990 e 1991) e obteve 35 das suas
41 vitórias — é o maior vencedor da McLaren. A acirrada rivalidade,
dentro e fora das pistas, com Alain Prost, Nigel Mansell e Nelson Piquet
também foi grande e recheada de polêmicas.
Nada que supere outro momento de carinho com os
fãs, nas duas vitórias no GP do Brasil. Se em 1991 a emoção tomou conta
de Interlagos, em 1993, a invasão da pista por torcedores eufóricos que
envolveram a McLaren, resume o que Senna representava para o país. Em
1994, ele voltou à Williams, equipe sensação, mas as vitórias não vieram
e, em Ímola, sua vida chegou ao fim de forma trágica.
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