Iniciamos a nossa Coluna de Acessibilidade: Direitos e Conhecimento fazendo um breve histórico da trajetória de vida das pessoas com deficiência, sendo necessário conhecer e refletir situações de desafios, preconceitos, lutas e conquistas.
A história da Pessoas com Deficiência varia muito de cultura para cultura e reflete crenças, valores, ideologias, que materializadas em práticas sociais estabelecem modos diferenciados de relacionamentos entre estas e a outras pessoas com ou sem deficiência.
Historicamente, as pessoas com deficiência eram apresentadas como aleijadas, mal constituídas, débeis, anormais ou deformadas. Eram percebidos como a degeneração da raça humana. Na Antiguidade, de um modo geral existiam dois tipos de tratamento atribuídos a essas pessoas que por alguma razão, se afastavam dos padrões desejados, aceitos e ditos normais, tais como idosos, doentes e as pessoas com deficiência eram tratados ou com tolerância e apoio, ou com menosprezo, abandono e eliminação. Na Grécia Antiga, as crianças nascidas com alguma deficiência eram colocadas em uma vasilha de argila e abandonadas. Em Esparta e em Roma o procedimento mais comum, também era o da eliminação.
Na Idade Média, com o fortalecimento do Cristianismo, essa situação começou ser modificada, as pessoas com deficiência passaram a ser consideradas filhos de Deus e a ser alvo de compaixão, caridade e proteção. Ao mesmo tempo , justifica-se a deficiência pela expiação dos pecados. Surgem então as primeiras Instituições de asilo ou caridade com o intuito de dar assistência e proteção.
No período das guerras Mundiais, foi necessário criar programas sociais para reintegrar essas pessoas à sociedade. Aliado a esse aspecto, as organizações dos Direitos Humanos passaram a se preocupar em garantir que essas pessoas, depois de reabilitadas pudessem de fato, reintegrarem-se socialmente. Em 1981, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Ano e a Década da Pessoa Portadora de Deficiência, abrindo espaço nos meios de comunicação para uma maior conscientização da sociedade.
A partir da década de 1990, com a realização da Conferência Munidial de Educação para Todos e com Declaração de Salamanca, passou a vigorar a era da Inclusão, em que as experiências não se referem apenas ao direito da pessoa com deficiência à integração social, mas sim, ao dever da sociedade, como um todo, de se adaptar às diferenças individuais.
O processo de inclusão, vai muito além da inserção de alunos no ambiente escolar, na verdade exige de fato um novo olhar e uma mudança na estrutura social vigente, no sentido de organizar uma sociedade que atenda aos interesses de todas as pessoas, indiscriminadamente, procurando uma nova forma de organização social em que as diferenças individuais sejam respeitadas e não menosprezadas.
Com o passar do tempo, o fortalecimento através das lutas conseguiu uma série de avanços porém ainda se faz necessário um olhar diferenciado com perspectivas de mudanças atitudinais que necessitam de 3 passos os quais considero de suma importância: a conscientização, a sensibilização e a convivência.
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